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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

BALENCIAGA

“Um costureiro deve ser um arquiteto no design, um escultor na forma, um pintor na cor, um músico na harmonia e um filósofo na medida”. Com esta frase o mestre da alta costura, Cristóbal Balenciaga definia a profissão em que reinou como um mito por muitos anos. Não por menos, a marca BALENCIAGA se transformou em um dos supra-sumos quando o assunto é moda de luxo.
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A história
Nascido na pequena localidade de Getaria, na região basca da Espanha, em 1895, Cristóbal Balenciaga Eisaguirre era filho de um pescador e de uma costureira. Formou-se alfaiate e, em 1918, juntamente com Charlottee Lee, abriu seu primeiro ateliê na cidade de San Sebastian. Em seguida, inaugurou unidades em Madri e Barcelona, onde atendia a família real e membros da corte do país. Quando a Guerra Civil Espanhola começou, em 1936, o estilista se viu obrigado a fechar suas lojas e fugir do país, passando por Londres antes de estabelecer-se na França, país em que faria fama com seu jeito reservado, de poucas entrevistas e pouco contato com a imprensa, sendo um perfeito oposto-complementar de seu contemporâneo Christian Dior. Mas foi na “cidade luz” que Balenciaga marcaria para sempre a história da moda. Em 1937, quando ele inaugurou, no número 10 da Avenida George V, a CASA BALENCIAGA, seu estúdio, a França era permeada por um forte tema: o nacionalismo.
-A alta costura tinha nomes de todos os cantos do mundo. Por isso Elsa Schiaparelli, a rival de Coco Chanel, era a italiana; Edward Molyneux, o irlandês; Robert Piguet, o suíço e Mainbocher, o norte-americano. Obviamente, não demorou muito para que Balenciaga ficasse conhecido como “o espanhol”. Não demorou muito para o estilista ser celebrado por todos os seus concorrentes como o ápice da perfeição na confecção. “A alta costura é como uma orquestra da qual apenas Balenciaga pode ser o maestro. Todo o resto de nós somos apenas músicos, seguindo as direções que ele nos dá”. A frase é de Christian Dior e demonstra como o espanhol era visto dentro do mundo da moda. Outra de suas concorrentes, Coco Chanel, disse certa vez que o espanhol era “um verdadeiro costureiro, ele sim, sabia cortar tecidos e costurá-los com perfeição”. Todos os outros, incluindo a si própria, eram apenas desenhistas”.
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O trabalho de Balenciaga tinha como referência a cultura e a história espanhola, Além do trabalho de artistas como os pintores Diego Velázquez e Francisco Zurbarán. Sem falar nas prateleiras repletas de revistas de moda do século 19 em seu ateliê, das quais era capaz de reproduzir modelos linha por linha. As criações de Balenciaga combinavam essas influências com o que há de mais elaborado em corte e costura – era exímio e ambidestro no manejo das tesouras e das agulhas. O resultado foi um estilo único, caracterizado pela audácia de volumes, a pureza absoluta das linhas e o rigor arquitetônico.
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A alta costura tinha nomes de todos os cantos do mundo. Por isso Elsa Schiaparelli, a rival de Coco Chanel, era a italiana; Edward Molyneux, o irlandês; Robert Piguet, o suíço e Mainbocher, o norte-americano. Obviamente, não demorou muito para que Balenciaga ficasse conhecido como “o espanhol”. Não demorou muito para o estilista ser celebrado por todos os seus concorrentes como o ápice da perfeição na confecção. “A alta costura é como uma orquestra da qual apenas Balenciaga pode ser o maestro. Todo o resto de nós somos apenas músicos, seguindo as direções que ele nos dá”. A frase é de Christian Dior e demonstra como o espanhol era visto dentro do mundo da moda. Outra de suas concorrentes, Coco Chanel, disse certa vez que o espanhol era “um verdadeiro costureiro, ele sim, sabia cortar tecidos e costurá-los com perfeição”. Todos os outros, incluindo a si própria, eram apenas desenhistas”.
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O trabalho de Balenciaga tinha como referência a cultura e a história espanhola, Além do trabalho de artistas como os pintores Diego Velázquez e Francisco Zurbarán. Sem falar nas prateleiras repletas de revistas de moda do século 19 em seu ateliê, das quais era capaz de reproduzir modelos linha por linha. As criações de Balenciaga combinavam essas influências com o que há de mais elaborado em corte e costura – era exímio e ambidestro no manejo das tesouras e das agulhas. O resultado foi um estilo único, caracterizado pela audácia de volumes, a pureza absoluta das linhas e o rigor arquitetônico.
-Entre as coleções mais famosas do estilista está a de 1946, inspirada nas touradas espanholas, com boleros e bordados. Foi também em 1946 que o estilista lançou seu primeiro perfume chamado “Le Dix”. Pouco depois, em 1948, o estilista inaugurou sua primeira boutique. Mas, foi somente a partir do período pós-guerra que BALENCIAGA se tornou um estilista original e reconhecido. Em 1951, ele transformou totalmente a silhueta feminina alargando os ombros e removendo a cintura de suas criações. Em 1955, desenhou o vestido de túnica, que, mais tarde, virou o vestido chemise. Em 1959, seu trabalho se tornou um verdadeiro império, com vestidos de cintura alta e casacos cortados como quimonos.
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Temporadas de desfiles sempre foram atração e prato cheio para as revistas de moda, mas Balenciaga arrumou, em 1956, um jeito diferente de lançar suas coleções: sempre depois das maratonas oficiais de desfiles. Assim, em vez de dividir as páginas com os outros estilistas, ganhava espaços maiores e exclusivos em revistas como Vogue e Harper’s Bazaar. Acabava só tendo de dividir as edições com o amigo francês Hubert de Givenchy, que resolveu fazer o mesmo.
-A aposentadoria dele em 1968 e sua morte, no dia 24 de março de 1972, fizeram a grife BALENCIAGA cair no esquecimento por muitos anos. Primeiro, a casa foi controlada por um de seus sobrinhos e depois trocou de mãos mais algumas vezes durante as décadas de 70 e 80 sem obter sucesso. Só em 1997, com a contratação do francês Nicolas Ghesquière, é que a BALENCIAGA voltou a respirar o ar da alta costura e do topo do mundo da moda. Em 2001 a BALAENCIAGA foi comprada pelo tradicional grupo Gucci. Pouco depois, em 2003, a marca inaugurou uma moderna loja âncora em Nova York. Com o renascimento da marca, a BALENCIAGA faturou €17.9 milhões em 2006, provando que seu antigo potencial tinha sido resgatado. Nos anos seguintes a marca inaugurou lojas em cidades como Milão, Los Angeles, Londres e Cannes, além de duas unidades na China.
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Recentemente a BALENCIAGA foi responsável por criar e confeccionar os novos uniformes da companhia árabe de aviação Oman Air, além de lançar no mercado seu mais novo perfume, Balenciaga Paris, e uma coleção de jeans. Atualmente, entre as criações de sucesso da tradicional grife, estão as bolsas “classic”, de alças duplas, com zíper formando bolsos frontais ou diagonais e a placa de identificação de prata; as sandálias gladiador; os sapatos plataforma muito altos de alma fetichista ao extremo; além de casaquinhos e paletós de cintura marcada.
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“O dinheiro nunca significou muito para mim, mas a independência (conseguida com ele), muito.” – Coco Chanel