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quinta-feira, 3 de março de 2011

Do trabalho à balada, a camisa branca é garantia de um visual elegante e clássico.

Peça versátil é companheira de todas as horas.
As camisas brancas foram incorporadas ao vestuário de homens e mulheres ainda na época do Egito Antigo. Desde aquele tempo, já foram usadas como uniformes de escravos e também serviram como roupas de dormir. Em outros períodos, simbolizaram status e até viraram trajes de guerra.

Passados os séculos, as mulheres aderiram à moda. Virou um charme essencial.

— A camisa branca é associada a profissionalismo, personalidade marcante e segurança, atributos necessários para o jogo do poder — define Dinah Bueno, no seu livro Por dentro da moda — Definições e experiências. A modelagem simples e plana dessa peça tipicamente masculina conquistou-lhes. A camisa branca se tornou indispensável e parceira em looks que vão desde o formal para o trabalho até o descontraído para uma festa.


As modelagens variam. Tem as de corte simples, as que ganham mangas bufantes ou babados em golas e punhos. Qualquer que seja, o resultado é sempre uma produção impecável e chique.

Saiba mais

:: A origem da camisa remete ao Egito Antigo e à Kalasiris — vestimenta reta, costurada dos lados, com abertura para passar a cabeça. Seu comprimento variava:
longo, para o mestre, e curto, para os escravos.

:: A peça recebeu mangas na época do Império Romano e ficou conhecida por túnica manicata. A manicata era usada com cinto e manteve-se como modelo básico de vestimenta até a Idade Média. Era usada por homens e mulheres durante o dia, como “roupa de baixo”, para proteger as vestimentas da transpiração. À noite, servia de pijama.

:: Aos poucos, essas camisa primitiva passou de “roupa de baixo” para “roupa de cima”, aparecendo em algumas partes do vestuário.

:: No fim da Idade Média, no século 15, a importância da camisa era tamanha que, em torneios, os combatentes as vestiam sob couraças e, no fim, aquelas maculadas com sangue eram devolvidas como mensagens de amor às damas que as ofertaram.

:: Com o tempo, a camisa passou a evidenciar status, valorizada pela qualidade do tecido, por rendas, pela brancura jamais maculada pelo suor do trabalho. Nessa época, inventaram os punhos e os colarinhos postiços.

:: A camisa branca atingiu o auge no século 19, distinguindo os colarinhos brancos dos azuis, usados por operários. Por muito tempo, a camisa branca identificou hierarquia social.

:: No século 20, as camisas se viram ameaçadas por diversas inovações da moda: camiseta, polo, sportwear. Mas ela resistiu.

Fonte: Informações do livro Por dentro da Moda — Definições e experiências, de Dinah Bueno Pezzolo.


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“O dinheiro nunca significou muito para mim, mas a independência (conseguida com ele), muito.” – Coco Chanel