Estilista Christian Lacroix promove exposição sobre moda do Oriente Médio
Francês comanda exposição sobre trajes tradicionais da região
A imagem da mulher do Oriente Médio vestida de preto por tradição ou religião cai por terra em uma exposição em Paris, onde o estilista Christian Lacroix convida a descobrir o vibrante colorido dos trajes tradicionais dessa região.A mostra no museu Quai Branly, que abriu as portas nesta terça-feira e vai até o dia 15 de maio, reúne 150 deslumbrantes trajes e ornamentos tradicionais do norte da Síria à península do Sinai, selecionados pelo estilita junto à responsável pelas coleções do Oriente Médio do museu, Hana Chidiac.
— Queremos mostrar que a cor existe. Mas, infelizmente, essas cores, bordados e tradições ancestrais estão em vias de desaparecer, graças à mundialização e ao aumento do fundamentalismo religioso — disse Lacroix.
O estilista lembrou que algumas de suas coleções de alta-costura se inspiraram nas cores, motivos e bordados tradicionais da região chamada de "crescente fértil", que compreende os territórios da Síria, Palestina, Líbano, Egito e Jordânia. "Era uma homenagem às mulheres do Oriente Médio, como as que estão em exibição", disse o estilista.
As peças exibidas na mostra "O Oriente das mulheres visto por Christian Lacroix" pertenceram a camponesas e beduínas da região, e datam em sua maioria do final do século XIX até nossos dias.
Hana Chidiac, que mergulhou nas coleções do museu Branly e em outras coleções particulares em busca de trajes, casacos, jóias e enxovais de noivas aldeãs e beduínas, denunciou que "a religião e a globalização estão acabando" com um maravilhoso patrimônio cultural ancestral.
— A religião e o prêt-à-porter provocaram uma uniformidade na moda — lamentou, acrescentando que a exibição no Quai Branly "revela o prazer dessas mulheres em vestir e embelezar-se".
— As camponesas utilizavam algodão, linho, tingiam com anil, bordavam com fios de seda. Cada aldeã se distinguia da outra por seus bordados, suas cores — disse Chidiac.
Lacroix disse que as artesãs com as quais já trabalhou quase desapareceram das aldeias do Oriente Médio, lembrando que a cor preta "é agora como uma maré, que engole tudo".
— O preto pode ser uma cor sublime, mas não quando é imposto às mulheres para uniformizá-las, apagá-las — disse Lacroix. — Quando o preto não é uma escolha deliberada, é um sinal de obscurantismo — acrescentou.
O estilista, que deixou as passarelas da semana de alta-costura de Paris em 2009, logo depois de declarar falência, ressaltou que cada uma das peças escolhidas para esta exibição "é uma obra de arte".
"É o luxo na simplicidade. Algumas levavam meses para serem feitas, inteiramente à mão. Nem mesmo na alta-costura há tantas peças únicas", disse Lacroix, que continua criando figurinos para ópera e teatro, móveis e ainda colabora com a remodelação de hotéis.
O estilista optou por organizar a exibição como um desfile de alta-costura, que termina com o branco.
— Os últimos trajes são todos brancos, como em um desfile de alta-costura, que
Inovador e arrojado, o estilista francês ganhou fama internacional ao reinventar a alta-costura, levando para as passarelas do mundo vestidos que exibem o requinte de tecidos volumosos e a exuberância do preto e do vermelho. Inspirado no luxo e na ousadia da cultura espanhola, ele traz em suas criações vestidos esvoaçantes, cores fortes, pedrarias e muita sofisticação. Recentemente produziu duas fragâncias para a Avon
Christian Lacroix é um dos mais respeitados estilistas em todo o mundo, fazendo moda para mulheres e homens, além de uma linha de acessórios.
Muitas são as celebridades que usam Lacroix entre elas estão Charlize Theron, Julianne Moore, Natalie Portman, Dita Von Teese, Katie Holmes e Madonna.
Em 2004 Christian teve uma inpiração de peso ele desenhou parte oo guarda roupa de Madonna na turne Reinvention World Tour 2004..
Com dificuldades financeiras, Christian Lacroix, fez uma apresentação de alta costura sem gastar nenhum eurinho com isso.
Curiosidades de Lacroix:
Christian Lacroix pruduziu em uma edição limitada de 99, o “Lacroix Ice Queen” foi inspirado por uma garrafa vermelho vestido de noiva usado por Madonna. A idéia foi criar silhueta de uma princesa, uma deusa, ou uma criatura mítica, uma espécie de neve fada na costura farda. Foi criada uma outra garrafa inspiradas na alta costura e a mais simples no prêt-à-porter.Com dificuldades financeiras, Christian Lacroix, fez uma apresentação de alta costura sem gastar nenhum eurinho com isso.
A empresa do grupo americano Falic, já decretou a sua crise financeira depois que as vendas do prêt-à-porter feminino caíram 35% este ano. Uma perda de 10 milhões de euros em 2008, segundo o presidente da empresa, Nicolau Topiol.
Nem por isso o estilista deixou de emocionar os expectadores, que conferiram, agora pouco, um desfile reduzido a 24 looks, que contou com a ajuda de fornecedores e modelos para uma coleção que trouxeram as características que fizeram de Lacroix respeitado no metier.
Amo este estilista.muito arrojado.
ResponderExcluirbjsss